A arquitetura do Museu de Imagem e Som é inspirada no cenário da Praia de Copacabana, sua orla, a linha de edifícios que a contorna, suas montanhas e seu distinto calçadão desenhado por Roberto Burle Marx, que captura o principal elemento da praia – um espaço público em movimento – a pé, de bicicleta ou de carro.

O projeto foi desenvolvido como uma extensão da avenida, verticalmente prolongada para o interior do museu. Essa “Avenida Vertical” sugere uma inclusão conceitual: espaços internos e ao ar livre se cruzam e criam braços para galerias, programas educacionais e áreas públicas de lazer e diversão. O Museu herdou o DNA de Burle Marx, mas reorienta radicalmente sua superfície pública para cima, em uma fachada mais encorpada para o novo museu.

A sequência de circulação vertical conecta a calçada aos programas de lazer do museu. Do lobby para o Café do terraço; para o Cinema e a boate subterrânea; para o restaurante; para o cinema ao ar livre e o bar na cobertura. O projeto também foi pensado para ser um instrumento por meio do qual se vê a cidade de uma nova forma.

Sua vista panorâmica, superexposta para turistas nos hotéis e restaurantes da Praia de Copacabana, é ao mesmo tempo um paradoxo e restrita para muitos residentes da cidade, e, talvez seja esta a principal imagem em questão. Por meio de estratégias de enquadramento, a superfície do museu apresenta essa visão para o visitante que passa pela seqüência de galerias.

Texto extraído do memorial do projeto DS+R.